"Eu caminho. Às vezes sozinho, às vezes acompanhado. São trilhas cuidadosamente abertas nesse campo de gramados altos. Por vezes te vejo seguindo rumos distantes dos meus, mas vejo a ponta da tua cabeça, ao longe, me tranqüilizando, por estares logo ali. Observo tuas escolhas e jamais me oponho a nenhuma delas, mas comemoro quando elas levam o teu caminho de encontro ao meu, mesmo que por segundos.
Minhas mãos ocupam meus bolsos para que tu não tenhas tentação de te deixar levar por elas. Minhas mãos vão te levar por caminhos que tu não vais gostar de percorrer. É que eu me vou por lamaçais, manguezais e, por inúmeras vezes, já me perdi em florestas das mais altas sequóias, de ramos tão frondosos a ponto de fazerem com que os raios de sol desistam de mergulhar no chão. E eu preciso de duas mãos pra escalar todas essas montanhas que se aproximam ao norte.
Minhas mãos ocupam meus bolsos para que tu não tenhas tentação de te deixar levar por elas. Minhas mãos vão te levar por caminhos que tu não vais gostar de percorrer. É que eu me vou por lamaçais, manguezais e, por inúmeras vezes, já me perdi em florestas das mais altas sequóias, de ramos tão frondosos a ponto de fazerem com que os raios de sol desistam de mergulhar no chão. E eu preciso de duas mãos pra escalar todas essas montanhas que se aproximam ao norte.
Desses cumes posso te ver caminhando, por muitas vezes de mãos dadas com outros passantes, nem que seja só pra pedir informação. É tudo tão triste, quando visto daqui de cima... São tantas almas solitárias de mãos cerradas, são tantas pegadas apressadas de gente que não sabe aonde quer chegar, tanto desespero nessa procura cega pelo que não se sabe o que é, mas que tanto se quer, que eu fico pensando se vale a pena voltar.
Talvez tu nunca venhas a entender, mas eu já estou acostumado com a minha condição de incompreendido. É que tu não sabes como é frio o lugar de onde eu venho. É que tu não sabes como doem esses pontos ainda não-cicatrizados. É que não se passa pela tua cabeça que, toda vez em que abro meus braços, sinto esses pontos hesitando em permanecerem fechados, sinto as costuras esgaçadas, sinto o ar que faz arder minhas entranhas, sinto a dor de afogar de novo naquele mar salgado que por tanto tempo me privou de cravar os pés em terra firme. E hoje eu tenho um medo enorme do mar.
É quase manhã, faz frio, e não há sol que seja capaz de derreter todo esse gelo antes da noite chegar."
(Todas as fontes indicam que este texto pertence à) Lucas Silveira, da Fresno ♥
Uma bela maneira de falar dos seus sentimentos. Escrever é sempre o melhor remédio.
ResponderExcluirwww.fenixdualista.blogspot.com
caraca muito bom o texto !
ResponderExcluirParabéns !!
http://www.jogosgamers.blogspot.com/
UALLLLL! :O QUE LINDO TEXTO! AMEI! :)AUSHAUSH O EMMET CULLEN te inspira? Quem me inspira é o Edward' *____* bjos!
ResponderExcluirMuito legal o texto Embry...
ResponderExcluirO nome tbm...heheheheh =]
Parabéns, otima escolha...
E seus textos são perfeitos!!!
http://retalhosdemimmesmo.blogspot.com/
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirmuito inspirador o texto. (:
ResponderExcluirme fez realmente pensar. (e eu to ouvindo Fresno agora)
hmm, posso perguntar uma coisa? você é brasileira? porque seu nome é em inglês, assim como o do seu irmão.
eu li seus outros posts. muito bons, principalmente aquele sobre a morte. eu às vezes penso nisso também, se há algo depois da vida. é um pensamento bastante assustador esse. por isso eu prefiro acreditar em reencarnação. é melhor ser otimista, afinal de contas. (:
- acho que acabei excluindo meu comentário aí de cima, ops. ._.' -